/b/ - Random★

Muito obrigado, anão, eu precisava ler isso.

Bump.

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Meua migo, religiões são expressões de conhecimento antigo. Conhecimento tão antigo que precede a escrita, quiçá a fala.

As histórias e mitos religiosos são embutidos de sabedoria de toda a história da humanidade, carregada na forma de simbolismos e misticismos narrativos pois era a única forma viável de transmitir informação pra gerações futuras.

De acordo com o modelo e paradigma atual da neurociência, o neocórtex é responsável pelo que chamamos de mente consciente. Nele a psique é inteiramente formada a partir do input de dados para reconhecimento de padrões e hierarquias. Ao fazer isso, reconhecemos o mundo ao nosso redor na forma de dados ordenados e desordenados. Da neurociência e biologia temos o pensamento recursivo que dá origem à lógica e matemática, e por fim ao método científico, que nos permite mais uma vez retroceder recursivamente e analisar sobre o que se constrói tudo isso.

Veja bem, não estou divagando. A partir desse fundamento, podemos encontrar e correlacionar conhecimentos antigos e sabedoria humana escondida nos mitos e histórias e compará-los com o corpo das ciências naturais e, ao fazê-lo, JUSTIFICAR cientificamente, na forma de TEORIA científica. Justificar o que? Tudo. A sociedade, a cultura, seu dinamismo no tempo, a maneira como as pessoas, agem e sentem ao longo de eras, de maneira concatenada, dedutiva e causal.

Podemos começar com o fato de que somos conscientes. Ainda que a única afirmação verdadeira seja de que o "eu sou consciente", e todo o resto seja masturbação filosófica, é inegável que o mundo experimentado pressupõe a existência de outros humanos que se julgam conscientes e relatam experiências de mundo similares. Agora imagine que você é o primeiro Homo Sapiens consciente. Provavelmente não possui nenhum sistema de comunicação complexo, e sua consciência é meramente uma faísca na chama do que temos hoje, mas você é mais inteligente que os outros por isso, e a evolução biológica trata de fazer com que seus descendentes sejam igualmente conscientes.
Tão logo temos uma pequena aldeia de pessoas que, ao longo de milhares de anos, desenvolvem cada vez mais sua capacidade de relatar o mundo compartilhar experiências e garantir a integridade do grupo e da espécie. Assim, temos proto-linguagens derivadas da linguagem natural. Nesse meio, ainda sem palavras ou língua, mas agora a chama da consciência é capaz de discernir o "Eu" dos outros, e você descobre a habilidade de falar consigo mesmo. Uma presença etérea na sua cabeça, mostrando imagens, prevendo o futuro. O que seria isso? Você não sabe, mas de alguma forma os eventos ao seu redor agora são explicados por essa sensação estranha, e você começa a notar os padrões, as hierarquias, saber seu lugar, identificar dores e prazeres.
A convivência com outros humanos permite que você ensine outros a lidar com essa sensação, e os outros relatam o que descobriram de suas sensações em suas cabeças. Tão logo os eventos naturais são explicados por isso, e a língua é desenvolvida. Como expressar o que se vive se não através dos paus no meu cu? Seus grunhidos e expressões faciais acompanhados da sua vivência em sobreviver permite que você compartilhe sua mente, ainda que não saiba explicar.

E então vem a língua. Nome, palavra. O poder de definir, delimitar um como e um fim a um conceito extrapola a capacidade do seu cérebro de identificar padrões. Agora é infinitamente mais fácil comunicar e aprender. Uma sequencia de sons associada a um evento natural é óbvia. A substância e o verbo formam uma narrativa, um padrão no tempo muito fácil de armazenar. Você agora é um Homo Sapiens capaz de pensar. E então o que é a voz na sua cabeça? É uma manifestação da natureza, e isso é óbvio. É ela que te guia, diz o que fazer, o certo, o errado, o que vai te matar e o que vai te fazer viver, é ela que e ajuda e que te destrói. Não é você e, ora, não tem por que ser.
Obviamente que cada fenômeno instiga palavras diferentes. Um raio caindo acorda uma voz diferente de quando uma serpente lhe surpreende no arbusto, que é diferente dos padrões e vozes formados pelo acolhimento de uma fêmea ou crias, do conforto do fogo e da comida. As entidades cosmogônicas que explicam seu mundo agora são evidentes. Como explicar para outros homo sapiens essas características fascinantes? Histórias.
Divindades são propriedades do pensamento, e elas descem para conversar com indivíduos em toda e qualquer história humana.

>>19114

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Com o tempo, dada a entropia da informação, as histórias vão ficando mais curtas, se tornando fábulas, que se tornam versículos, que se tornam provérbios. Condensa-se um conjunto de narrativas em uma única, que por fim torna-se uma única frase carregada de vivência e sabedoria, com o melhor dos milhares de anos de ensinamentos com um único e comum propósito de aliviar a angústia gerada por possuir uma mente capaz de se perceber no universo.
Você está vivo, e sua consciência não permite que você tenha paz. O processamento do caos, tentar ordená-lo a todo instante na tentativa de garantir que sobreviva e viva melhor a todo momento é desgastante no maior e mais energético neocórtex mamífero.

A simbologia é exata. Caos e ordem, Desconhecido e conhecido, claro e escuro, Foco e confusão, Yin e Yang, dia e noite, céu e terra. A dualidade é a fonte primária de confusão, depressão, angústia, tristeza e todo tipo de fardo que a mente possa inventar pra lidar com a possível emergência da morte a partir do mundo externo.
Deus não foi inventado para lidar com o medo da morte. Foi inventado para lidar com todos os medos, com todos os desconfortos provenientes de existir e saber disso. Nenhuma linha bíblica é em vão ou coincidência dentro desta metáfora simbólica.

Da escuridão fez-se a luz, e faz-se o homo sapiens consciente. Deus cria o céu e a terra, os animais e plantas, e o mundo ao seu redor, e por fim descansa, percebendo o que há. A mente é capaz de criar infinitos mundos, mas só há um, então um ser onipotente, onisciente e onipresente não possui uma única coisa: limitações. Não há narrativas sem limitações, então sua mente cria-se na sua imagem e semelhança no mundo real. O primeiro homem, perfeito aos olhos da consciência. Preso no Eden onde lhe é tudo dado e não opa perigos ou aflições. Não é o mundo real. Adão convive com uma depósito de porra, e as depósitos de porra na cabeça de Adão são fonte de caos social. O caos social e o natural não fazem diferença na mente, e a serpente que lhe morde a perna sem aviso e por seu descuido e a mesma aflição que a depósito de porra pode lhe dar ao morder da árvore do conhecimento. Ela lhe revela o poder da mente, desfazendo a ilusão do Eden. Você está nu, a depósito de porra lhe julga e analisa, e o mundo não é perfeito, você pode morrer. Você vai ter que se esforçar e trabalhar para viver. Deus parece mal, mas ele ainda é a fonte de tudo que há e seu refúgio para dissociar o que é real do que é pura aflição, e a ele você recorre quando o caos toma conta. À Eva é dada a maldição de ter um filho neste mesmo mundo que ela faz caótico e brutal. A moral transmitida é a de resiliência mental e de foco e atenção. Acorde pra vida, que não é o Eden. Foco e atenção ao mundo ao seu redor.

Adão e Eva deixam o paraíso e passam a trabalhar. Caim e Abel, nascidos no mundo agora caótico precisam aprender com você o que significa um sacrifício agora para colher depois. Sacrifícios para Deus. Abel sacrifica e é recompensado, enquanto Caim sacrifica da mesma forma mas Deus não lhe dá regalias ou elogios. Caim fica ressentido e mata Abel. Deus não lhe dá conforto por isso e muito menos recompensas. Caim terá de viver para sempre na sombra de sua inveja, tendo destruído a própria imagem do homem perfeito que ele queria ser em Abel. Moral da história? Faça sacrifícios inteligentes. Utilize o foco recém adquirido, identifique as hierarquias sociais que permite ascensão. Não destrua Abel querendo ser Abel. A fábula da raposa e das uvas conta a mesma história. O ressentimento, o amargor e a dureza da vida podem destruir um homem despreparado que insiste em errar. Não viva errado, faça sacrifícios inteligentes.
Em seguida Deus demanda que se faça o sacrifício último. Isaac, fruto seu. Abraão chega ao final deste sacrifício e sua mente o recompensa pela resiliência. Da mesma forma, temos de estar prontos para sacrificar o que for necessário pelo bem estar da nossa consciência, e saber o que valorizamos e queremos bem. Em seguida vem o dilúvio, o expurgo de toda a humanidade pela consciência. Toda uma sorte de narrativas e ensinamentos concatenados. Todos lidando com a mesma coisa: ordenação e caos, e o equilíbrio entre eles.

As religiões orientais nem ao menos disfarçam. O caminho, Tao, é a linha fina que divide o Caos e a Ordem. A segurança da ordem e o medo do Caos dão origem à curiosidade. O interesse real é a linha fina entre o desconhecimento e o conhecimento. Conforto com a base do saber e desconhecimento suficiente para ser instigante. Saiba muito e é tédio, enfadonho. Saiba pouco e é confuso, desinteressante e chato. Esteja em qualquer extremo e seja um iludido. A ordenação excessiva levando à Tirania, ao Rei absoluto e opressor, e seja caos demais e será a angústia e o medo, a própria Mãe Natureza (e não Pai natureza).

Foco associado à masculinidade, Caos associado à feminilidade. Todos os símbolos e hierarquias formados a partir da dinâmica sexual de nossos antepassados dando origem ao que chamamos de sociedade e cultura. Todo o imaginário divino não passa da tentativa da humanidade de lidar com o próprio pensamento.

Boa noite, OP.

>>19115
Muito bom.

“Um dia as mentiras irão desaparecer e a verdade irá triunfar. Essa será a hora quando iremos nos levantar sobre tudo, puros e imaculados.” – Joseph Goebbels (Ministro de Propaganda do III Reich)

A profecia de um herói da resistência europeia.

“…A Guerra se aproxima de seu fim. A insanidade que as potências inimigas provocaram sobre a Humanidade já passou do seu ponto culminante na qual esta guerra se refere. A única coisa que deixará para trás de si, e em todo o mundo, será somente um indescritível pau no meu cu de vergonha e de desgosto. E não pode ser de outro modo. A artificialmente construída e corrompidamente mantida coalizão entre plutocracia e bolchevismo terminará por se romper.”

“A Alemanha acabará sendo dividida. A Áustria acabará sendo livrada de seu próprio destino. Os sovietes estenderão sua influencia até o Atlântico. A Inglaterra tarde ou cedo perderá a totalidade de seu império. Até os EE.UU. logo pensará diferente sobre este estremecedor fenômeno mundial. Guerras raciais internas e uma decadência indetível lhes fará perder seu prestígio e poder mundial.”

“Aconteça o que acontecer, a Alemanha renascerá em poucos anos depois desta guerra. E não será só por seu próprio esforço. A Alemanha é tão essencial e indispensável para a Europa que até nossos próprios atuais inimigos terão que impulsionar sua reconstrução. Nossos campos e províncias destruídas serão repovoadas em novas cidades e povos… Voltaremos a ser amigos de todos os povos de boa vontade que habitam a terra e junto com eles faremos cicatrizar as feridas que deformam o nobre rosto de nosso continente.”

“Toda a Europa e o mundo participará dos avanços que demos à Ciência. Mas a pergunta decisiva é se neste mundo mais novo e brilhante viverão também pessoas mais felizes. Se nossos inimigos impõem sua vontade, a humanidade naufragará em um mar de sangue e de lágrimas. Haverá guerras e mais guerras que acontecerão praticamente sem interrupção. Sem dúvida serão mais reduzidas e mais isoladas geopoliticamente que esta guerra porque já ninguém se atreverá tão irresponsavelmente a provocar uma catástrofe semelhante a atual. Mas se bem que poderão ser guerras mais reduzidas e também serão tanto mais desonrosas. A honra no campo de batalha será definitivamente sepultada pela fria e sistemática decisão de matar e destruir a qualquer preço.”

“Os homens se matarão por possuir as coisas mais supérfluas e banais. As plutocracias naufragarão em uma desesperada corrida para dar cada vez mais luxos à humanidade corrompida pela comodidade ou pela política do pão-e-circo “. E finalmente as plutocracias terminarão por não poder dar de comer à uma população cada vez mais numerosa. Haverá outra vez fome dos desempregados. E virá outra vez o bolchevismo oferecendo tentadoramente as mesmas soluções falsas que ofereceram à nós diante desse monstruoso monumento ao fracasso e à ignomínia que foi a república de novembro.”

“E aqueles que queiram remediar esta situação não terão outra alternativa que ver o que nós fizemos e ver aquilo pelo qual seguiremos lutando até o amargo final. Aqueles que queiram melhorar este mundo decadente e corrupto terão que compreender que a plutocracia e o bolchevismo não são os únicos caminhos transitáveis para livrar a Humanidade da miséria e do fracasso. Por que há um terceiro caminho que é o nosso, que é o único e o melhor e que é aquele que ADOLF HITLER nos apontou.”

“Virão homens que ainda sem nos mencionar, porque lhes estará proibido ou porque temerão fazê-lo, tentarão transitar por este caminho nosso. E serão combatidos e traídos da mesma forma que nós fomos traídos. Mas no final VENCEREMOS porque o bom e o verdadeiro sempre triunfam neste mundo.”

Berlim, 19 de Abril de 1945.

Joseph Goebbels
http://inacreditavel.com.br/wp/o-ultimo-discurso-de-joseph-goebbels/

Você acorda para um teto que parece pouco familiar. Levanta e vai até a janela; não se lembra da última vez que esteve tão frio assim. Olhando em volta, a arquitetura te surpreende - será que bebi e acordei em alguma cidade vizinha? Mas acho que não tem muitas cidades assim por perto. Onde estou?

Você volta seus olhos para a cama. Ela é grande demais parece uma cama… de casal? É feita de madeira bem firme e possui um estilo antigo. Aliás, todos os móveis do quarto são estranhamente antiquados. Um ruído vindo de fora do quarto chama sua atenção, e você, hesitante, começa a caminhar até lá.

Para a sua surpresa, uma mulher loira, de olhos bem azuis, te nota, sorri e vem vindo em sua direção. Ela está de camisola. também um modelo antigo. Você dá um passo para trás, atônito. Ela te beija. Olhando para o lado, você nota um espelho e se surpreende ainda mais - você mesmo é um homem alto e robusto, de traços firmes e cabelos loiros. As palavras não saem, por mais que você queira falar algo.

Você nota um calendário. Três de março de… 1958? Um misto de desespero e curiosidade extrema finalmente toma conta de você completamente e te faz disparar pelo corredor. Você desce as escadas, e um som do que parece ser algum tipo de parada aumenta progressivamente conforme você se aproxima da porta.

Você a abre. Realmente há uma parada. Você sente algum puxar sua mão. Duas crianças também loiras. São as crianças mais bonitas que você já viu de perto em toda a sua vida. Elas começam a falar algo em um idioma que não é o seu. Para mais uma surpresa, você as compreende: "nos leve até a parada, papai"! Você congela.

A depósito de porra que você antes desce a escada, já vestida, e com um olhar confuso. Lentamente, você recobra suas lembranças. Esta é sua família. Esse é o dia da grande parada da vitória em Berlim, ou melhor, Germânia, a capital do Império Alemão. Seus dois eus começam a conflitar. Por um momento, memórias confusas vêm à sua mente. Você lembra do PC, dos joguinhos, da internet - é apenas um breve flash. Foi apenas um sonho. Nossa, que sonho estranho! Você estava vivendo num país sul americano nos anos 2010, e o mundo estava de pernas pro ar. Você falava outra língua, era espanhol? Tanto faz. Você era mais baixo e tinha a pele mais escura também. Você está contando o sonho para sua esposa, e ela está rindo.

Você sacode a cabeça e relança um olhar sobre sua família. Você sorri.

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Pessoalmente, Hitler afirmou que o plano econômico da Alemanha Nazista era não ter plano algum, como relatado por Hans-Joachim Braun em The German Economy in the Twentieth Century. Hitler também era contra a estatização de bancos e certas indústrias, principalmente a de alimentos. Aqui eu gosto de citar o exemplo da Fanta, que foi criada pela The Coca-Cola Company na Alemanha em 1940. O que Hitler acreditava ser viável, no entanto, era a estatização de recursos considerados estratégicos. No caso, vitais para um esforço de guerra. Isso inclui, por exemplo, a indústria siderúrgica e armamentista. Os nazistas não tinham necessariamente um plano econômico para além disso, e geralmente concentravam o poder econômico em corporações alemãs. Esse esquema corporativista é uma reminiscência do modelo fascista italiano, mas o texto mencionará sobre isso depois.

De qualquer forma, Hitler também se apropriou de alguns elementos econômicos da República de Weimar. Principalmente aquilo que dizia respeito às políticas assistencialistas, que foram implementadas pelo governo social-democrata (que estava no poder desde a proclamação da república) para lidar com a crise gerada pela hiperinflação. Parte disso vem do próprio ministro da economia nos anos finais da República de Weimar e no início do governo nazista, Hjalmar Schacht. O nazismo tinha sim welfare state, mas com um porém. Não só isso era uma herança da República de Weimar, como os benefícios sociais eram restritos a aqueles que eram de raça ariana. Ou seja, judeus estavam terminantemente proibidos de receber os benefícios do welfare state nazista, o que coloca a economia nazista mais uma vez em algo que não pode ser rigidamente classificado como "liberal" ou "estatista". Quem explica isso é o Götze Aly em Hitler's Beneficiaries: Plunder, Racial War, and the Nazi Welfare State. Talvez seja válido explicar,também, que a economia nazista é difícil de ser encaixada em um paradigma porque boa parte de sua prática foi durante a guerra, e economia de guerra requer uma estatização de muitas empresas, como ocorreu não só na Alemanha, mas nos EUA e no Reino Unido. No caso, controlar alguns recursos que estão nas mãos da iniciativa privada fazem parte para redirecionar esses recursos para os esforços de uma guerra total, que era o que estava ocorrendo na Segunda Guerra Mundial.

No geral, a gente pode classificar a economia nazista, no mínimo, como sincrética. Não era completamente socialista, tampouco totalmente capitalista. E a fronteira entre essas duas coisas eram muito borradas ao longo da Segunda Guerra Mundial, seja nos EUA ou na URSS.

A economia da Itália fascista, no entanto, só tinha algo de similar com a economia nazista na própria citação do Hitler: "Nossa teoria econômica é que não temos teoria econômica alguma."

Talvez seja importante ressaltar que tanto o nazismo quanto o fascismo tinham como base política a mera alternativa à esquerda e à direita. Os planos para economia de ambos os regimes políticos, como eu deixei claro na mensagem anterior, eram virtualmente nulos. No entanto, Mussolini tinha algo um pouco mais concreto do que Hitler para oferecer à Itália. Esse algo se chama "dirigismo". O dirigismo é uma teoria econômica que pressupõe a aliança entre o governo e determinadas empresas privilegiadas para a direção de investimentos e subsídios. Quem explica isso com calma é Tibor Ivan Berend em An Economic History of Twentieth-Century Europe. Nesse livro, ele classifica o dirigismo como uma característica econômica típica dos regimes autoritários do Mediterrâneo, principalmente da Itália Fascista, mas ele inclui o regime salazarista nesse modelo também. Em Under the Axe of Fascism, o historiador contemporâneo Gaetano Salvemini resume o modelo econômico fascista na frase "O lucro é individual e privado, a perda é pública e social." No caso, as políticas dirigistas de Mussolini haviam favorecido de uma forma clara as grandes empresas, concentrando renda nas camadas sociais mais altas, enquanto o povo no geral não conseguia promover a tão desejada ascensão social. O dirigismo de Mussolini, no entanto, tinha um revés para as empresas privadas: para contar com os subsídios estatais, esses recursos precisariam estar à disposição do Estado caso eles precisassem. Mussolini não só encorajava a manutenção da propriedade privada, a própria população italiana no geral também a defendia, alegando que a liberdade individual é impossível sem a propriedade privada. Esse discurso, no entanto, contrastava muito com o sul da Itália, que era predominantemente camponês, uma realidade que prevalece até hoje.

>>19309
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É interessante notar que o pobre, para o fascismo, merecia ser explorado pelo simples fato de ser pobre. Isso tem raízes no pensamento do darwinismo social, de quem o fascismo chegou a se influenciar. Isso também explica o incentivo propagandístico massivo para a obtenção de propriedade privada já que, não só isso era algo a ser desejado, mas também um status de superioridade social. A economia fascista, assim como a nazista, chegou a estatizar alguns setores e privatizar outros, como foi exemplificado por Germà Bel em Against the mainstream: Nazi privatization in 1930s Germany. As privatizações nessa época na Alemanha, no entanto, foram muito menos frequentes daquelas que ocorreram na Itália, o que coincide com um discurso mais forte na defesa da propriedade privada por Mussolini, e um desvio desse foco no discurso de Hitler, por mais que ele também defendesse a ideia de propriedade privada. Por mais que também houvesse uma defesa dos dois pilares econômicos do fascismo (produtivismo e sindicalismo), os sindicatos eram necessariamente alinhados ao governo, e toda e qualquer manifestação contrária vinda dos trabalhadores era punida com a prisão, principalmente greves. Isso foi feito especificamente para privar os trabalhadores, no geral, de interferirem na economia. Esses dois pilares, no entanto, foram influência da política de Lenin do comunismo de guerra, ou capitalismo de Estado, que ele implementou logo após a revolução. A desculpa de Mussolini era que o destino da nação era mais importante para ficar incomodado com medidas econômicas comunistas.

Fora isso, dá pra definir a economia fascista em duas fases: a primeira, exemplificada pelo já citado economista Germà Bel, como uma aliança entre o Estado e as grandes corporações através de privatizações massivas, nunca vistas na Europa antes, também em um esforço para industrializar a nação. Conforme Mussolini foi ficando cada vez mais consolidado no poder, ele foi abandonando as premissas do laissez-faire que sempre havia defendido e passou a defender cada vez mais medidas protecionistas e intervencionistas, tendo como influências o próprio John Maynard Keynes. O keynesianismo à italiana, no caso, acabou resultando no modelo clássico que conhecemos como corporativismo, onde certas corporações conseguiram crescer às custas do governo e assumiram um forte poder social nesse ínterim.

Tendo como influências a economia comunista, o keynesianismo e o dirigismo, conflagrando o modelo clássico que temos atualmente por corporativismo, classificar a economia fascista é uma tarefa extremamente árdua, que nenhum economista tentou fazer a não ser para colocá-la em seu próprio patamar. Tanto no caso da economia nazista quanto da economia fascista, ambos são modelos únicos que não foram replicados em local algum, e a sua característica híbrida só dificulta uma comparação própria com outros modelos presentes atualmente.

bump

>>19307
Eu não estava preparado para sentir.

Imagine você indo para o outro lado do mundo lutar pela sua pátria, com a esperança de que defendendo os interesses dela a sua família e toda a sociedade estarão melhores. Você luta não por petróleo e poder, mas por amar a sua família e o seu estilo de vida e sente que lutando vai conseguir indiretamente dar um futuro melhor para o seu FILHO. Porem, a vida é uma caixinha de surpresas, e as forças que controlam a cultura do país que você quer defender não se importam com você. Inclusive, há muito tempo lhe veem apenas como um escravo, e diferente de outrora que elas ao menos lhe davam migalhas e alguns direitos, como os de desenvolverem os seus próprios filhos para serem cidadãos inteligentes e produtivos, agora elas lhe sabotam! Elas transformam o seu amado filho em alguém com problemas para se aceitar como realmente é e incentivam nele ideias de que na verdade é uma MENINA. Seu ÚNICO filho, que você teve com uma mulher que não queria ter mais filhos, também incentivada pela cultura moderna do seu país. Você ama o seu filho, e toda a cultura diz que o que ele se tornou é algo bom. Só lhe resta fingir que você nunca almejou que ele fosse um homem trabalhador e com família um dia. Só resta aceitar e discursar a favor da causa dele agora. Da mesma maneira que você lutou pelas ideias imperialistas do seu país agora você luta pelas ideias perversas que degeneraram o seu filho. Pobre homem, o que teria feito de sua vida se soubesse que seria esse o desenrolar?

Um professor japonês, praticante do bushido, mestre na arte da meditação e ferreiro exímio conhecedor dos segredos dos metais raros encontrados apenas no Japão estava dando uma aula na USP sobre Miyamoto Musashi, samurai conhecido.

- Antes da aula começar, vocês todos precisam se ajoelhar e louvar o período do Xogunato Tokugawa, e reconhecer que tal momento foi o mais rico culturalmente e superior socialmente de toda história mundial, superando o surgimento dos animes inclusive!

Neste momento, um bravo cavaleiro, filho da nobreza, honrado e membro da Terceira Cruzada, que compreendia os pilares necessários para a criação de uma nação rica e submissa às relações de suserania e vassalagem, disse:

-Uma verdadeira katana japonesa pode cortar qualquer coisa, seu japoronga imbecil?

O professor arrogante sorriu de forma oriental e retrucou com desdém:

- Claro, seu servo do clero!

- Errado! Veja esse gif onde uma katana é quebrada e entortada frente à grandiosidade de uma long sword!

O professor ficou claramente perturbado e tremeu tanto que deixou cair o giz e a cópia de "Ninjutsu: The Art of the Invisible Warrior " que trazia no braço. Ele correu pra fora do auditório, enquanto chorava aquelas lágrimas de crocodilo do Monte Fuji.

Todos os alunos aplaudiram, tornaram-se escudeiros de um grande nobre cavaleiro e passaram a juntar dinheiro pra comprar a própria full plate naquele dia. Um leão que habitava o zoológico da USP e que tinha recebido o nome de "Honra" correu para dentro do auditório e pulou em cima da mesa, onde permaneceu orgulhoso e imóvel, em frente da bandeira da Inglaterra e derramou uma lágrima sobre Bíblia Sagrada (que poderia ser lida apenas por membros veteranos do clero) que estava sobre a mesa. Bardos cantaram “As Lágrimas de Castamere” três vezes seguidas e a Santa Inquisição queimou todos hereges encontrados no campus. Deus desceu ao congresso e declarou a confecção de katanas inconstitucional perante as leis divinas e nomeou Ricardo Coração de Leão rei absoluto do império inglês.

O professor foi demitido. Ele morreu golpeado por um canivete de um teutão no estômago, visto que nem disso sua armadura era capaz de protege-lo.
Até os dias de hoje ele arde no inferno, onde sofre os mais dolorosos tormentos administrados por Lúcifer.

Um professor koreano, jogador de League of Legends, praticante do Solo Q de Warwick, mestre na arte da jungle e brush juke estava dando uma palestra na USP sobre HotshotGG, top laner conhecido.

- Antes da aula começar, vocês todos precisam se ajoelhar e louvar o período da Season 3, e reconhecer que tal momento foi o mais rico culturalmente e superior em termos de habilidade de toda história do e-sports mundial, superando, inclusive, o Starcraft: Brood War!

Neste momento, um bravo jogador de DotA, criado na antiga Battle.NET,
honrado oldfag do dotaallstars, eurobattle, garena e PDpro, que
compreendia a inteligência necessária para o balanceamento entre
habilidade, jogabilidade e diversidade em um jogo competitivo, possuia
2000 jogos de Meepo, 6k de MMR se levantou e disse:

- Professor, você acredita que o League of Legends realmente é o apice do competitivo gamístico em termos de habilidade, diversão e premiação?


O professor arrogante sorriu de forma bisnaguenta e retrucou com desdém:

- Claro, seu valvedrone imbecíl!

- Errado! Por qual motivo então toda vez que um jogador de Dota 2 e um jogador de LoL discutem, o jogador de LoL não consegue denar a superioridade do DotA?

O professor ficou claramente perturbado e tremeu tanto que deixou cair o giz e a cópia de "Season 5 LOLKING guides" e imagens hentais da Jinx que trazia no braço. Ele correu pra fora do auditório, desolado, enquanto chorava aquelas lágrimas de crocodilo pasteleiro.

Todos os alunos aplaudiram, tornaram-se se seguidores da stream do grande Almirante Bulldog e passaram a juntar dinheiro pra comprar a
própria Arcana do Nevermore naquele dia. Um tigre branco que habitava o zoológico da USP e que tinha recebido o nome de "Sagan" correu para
dentro do auditório e pulou em cima da mesa, onde permaneceu orgulhoso e imóvel fornecendo um bonus de velocidade de movimento e atk speed de 16% em frente da bandeiras da Rússia e derramou uma lágrima sobre o livro"The International Compendium 2015" que apareceu em cima da mesa.

Basshunter surgiu no local e cantou “DotA” três vezes seguidas enquanto o oficial Merlini prendeu todos os jogadores de League of Legends do campus. Gaben rolou dos céus e declarou inconstitucional o jogo League of Legends perante as leis divinas e nomeou Icefrog imperador absoluto do e-sport.

O professor tentou escapar da polícia junto com um grupo de apoiadores fervorosos mas tiveram o seu ônibus gankador por um grande Tornado e logo depois foram atingidor por um Meteoro que parecia uma grande almôndega de fogo e as palavras "Quas, Wex Exort!" foram pronunciadas e rápidamente uma explosão ensurderedora arrastou esses desafortunados pela trilha de fogo deixada pela pedra que veio do céu.

Não houve sobreviventes.

Até os dias de hoje suas almas ardem no inferno, onde sofre os mais dolorosos tormentos administrados por Lúcifer o danador e Guinsoo, antigo desenvolvedor que que agora mora no inferno e como penitência é responsável por castigar os coitados que foram corrompidos por seu envolvimento no League of Legends e saída do DotA.

Olá, meu nome é yagami e vim mostrar a vocês a minha história. Tenho 20 anos, sou magro, cabelo claro. Meu principal passatempo é postar em fóruns [Forumnow o melhor! Um dia montarei o Winner's Club e mudarei o mundo!!!], mais principalmente, nas partes mais sacanas desses fóruns, que costumam falar de anime e mangá… Nessas salas, com imagens e contos, sem falar em depoimentos, eu me acabava, batia muita punheta… e como vocês todos sabem, punheta r0x!!! Lá as pessoas me chamam de tosco, que eu sou toscão, mas eu gosto muito de Mas enfim, lá eu conheci uma japonesinha de Belo Horizonte… com uns 14 anos… afinal, gosto das mais criancinhas, não sei porque, mas tenho essa tara por meninas bem mais jovens… A gente se conheceu na sala ecchi [sacana, em japonês], e começamos a nos falar por telefone. Ela era linda pelo telefone… Adorava a voz dela… mas nunca eu conseguia vê-la por que ela morava muito longe [Moro em Sampa]. Um certo dia ela me ligou e falou que queria ficar comigo… aih perguntei, mas como, moramos muito longe! Ela falou que não sabia, aih eu sugeri para nós nos beijarmos por telefone. Meu, é muito bom beijar no telefone!!! Mesmo nunca tendo beijado uma menina, posso garantir que é melhor que um beijo ao vivo!!! Naquele dia, bati muita punheta, imaginando os nossos beijos pelo telefone!!! Só que eu fiquei sabendo que um dia, ela trocou meus beijos pelo telefone, por um cara lá em Belo Horizonte, ae isso calhou nela vir pra sampa, num encontro do fórum! Meu, só sei que quando eu vi ela, o sangue de orochi subiu, fiquei puto da vida, quase bati nela por ter me traído, o sangue de orochi me deixou puto!!! Desde então, ela nunca mais me beijou… mas um dia eu volto ae com o dia que, segundo os caras do fórum, eu deixei de ser tosco e fiquei com uma menina! Mas nessa eu tb fui dominado pelo sangue de orochi!!! Bem, fico por aqui, até mais! E lembrem-se, dançar de sapatos é rox!!!

gozei dentro de uma seringa e botei no babalu. é o seguinte: tinha uma lorona gostosa na minha sala e eu não consegui pegar, ela me deu um toco. aí 2 dias depois, fui no banheiro, gozei na seringa, enjetei no babalu e ofereci pra ela: "sandra, quer uma babalu?" e ela disse: "claro!" e eu dei… ela chupou aquilo tudo… engoliu todo o meu gozo, não sentiu gosto ruim nenhum e depois, quando cuspiu no lixo, e ví lá, só o bagaço do babalu… sequinho… sem uma gota de nada… ela engoliu meu gozo todo… e nunca vai saber! todas as garotas da minha sala naquele ano(que eram pegáveis) engoliram meu gozo…

>>21261
Que retardo, hue.

Malditos pedoleiros.
Como alguém poderia ter a ideia de tirar as roupas de uma criança de 9 anos e lamber seu corpo minúsculo por toda parte,
mordiscando seu pescoço e beijando seus pequeninos mamilos? Somente um monstro sem coração pensaria sobre sua boquinha e
linguinha lindas de menininha em volta de seu falo grosso cheio de sua saliva, bombando para dentro e fora de sua boquinha
até explodir, e esporrar mais do que sua pouca gargantinha infantil pode engolir.

A ideia de seu sêmen espesso e viscoso transbordando, pingando no queixo e sobre o peito, suas mãos minúsculas tentando segurar
tudo e depois observá-la chupar a ponta dos dedos é horrível. Vocês são todos um bando de pervertidos doentes, pensando em abrir
suas pernas macias e finas, por o seu mastro na entrada de sua buceta pura, apertada e virginal, e empurrando fundo enquanto um
gemido escapa de seus lábios que estão escorregadios cheio de porra, enquanto seu Pequenino corpo estremece de ter sua virgindade
é tomada em uma bombada rápida.

Estou enojado com a forma como vocês ficariam ainda mais excitados ao se inclinar sobre ela, enquanto ouve a sua respiração acelerando,
seus gemidos e suspiros de menina enquanto você mete mais rápido, sua respiração quentes e úmidas em seu rosto e seu peito liso, brilhante
Com um brilho de suor fresco, subindo e descendo rapidamente ao encontro do seu.

É realmente nojento como você correria suas mãos por todo seu corpo minúsculo enquanto você a violava, sentindo seus mamilos se endurecerem
contra sua língua enquanto lambe seu peito e seu pescoço, saboreando o cheiro de sua pele e suor enquanto ela treme devido a estimulação e
como ela atinge seu clímax, ouvindo-a gritar suavemente ao ter o seu primeiro orgasmo enquanto o seu falo é enterrado profundamente dentro
dela, pulsando violentamente enquanto uma quantidade intensa de porra quente jorra e vaza através de sua buceta recém deflorada, enchendo
seu útero apenas para derramar fora dela. E enquanto você se deita sobre seu corpo corado, ela suspira ofegante e seus dedos arranham em
suas costas enquanto ela sente seu pau endurecendo dentro dela novamente.

Seus doentes!

>>21486
I wonder who's behind this post.

Pornografia de destruição em massa
Às vezes, em nossa busca intelectual, nos deparamos com alguma ideias realmente transformadoras. Pensamentos que são capazes de dilacerar o modo como percebíamos algo e então, sob a perspectiva da nova informação, um mundo novo mostra-se disponível. Nem sempre é um belo mundo, eu sei, mas defendo a posição que saber é sempre melhor. Mês passado, conversando com um amigo polonês, ele ainda mais curioso que eu, me recomendou que assistisse, no YouTube, a uma palestra do professor PhD E. Michael Jones em Varsóvia. Como desconhecia a obra de Jones, fui rapidamente procurar a sua página no Wikipédia, apenas para descobrir que ela havia sido deletada por conta dos posicionamentos de Jones. Pronto, meu interesse já estava capturado, precisava saber mais.
Foi então que abri o vídeo, e vi o senhor Michael contar sobre como em 30 de março de 2002, às 16h30 da tarde, as forças de ocupação do exército de Israel começaram a transmitir pornografia através de uma estação aberta de televisão recém ocupada, em território palestino. Em sequência, outras duas estações de TV, também capturadas, começaram a transmitir pornografia em sua programação. Aqueles primeiros minutos de vídeo chamaram a minha atenção, estava alerta, já havia visto alguns vídeos e lido alguns trabalhos sobre danos psicológicos causados por exposição constante a pornografia, mas essa perspectiva do uso bélico do pornô como ferramenta de controle social era, pra mim, novidade. Pouco pensava nas razões do grande volume de pessoas consumindo material pornográfico, além de uma consequência natural das leis de oferta e demanda; e agora diante de mim, estava este homem de rosto alongado e óculos miúdos enfiados no meio da cara dizendo que o buraco era mais embaixo! (Antes de continuarmos, um importante disclaimer sobre a questão da Palestina: este texto não pretende analisar e nem tomar lado no conflito. O foco dele é exclusivo sobre a pornografia enquanto ferramenta de controle social. O exemplo aqui, de minha parte na exposição, encontra-se como situacional e não busco sobre ele fazer juízo de valor. Acredito na qualidade dos meus leitores e deixo para que eles, se assim o quiserem, o façam).

A explicação oficial dada para as transmissões alegava que seu objetivo era o de "promover a liberdade" aos palestinos. Obviamente, é uma explicação bem estranha. Para entendermos esse fenômeno, Jones argumenta que não devemos olhar essa questão da pornografia sob a perspectiva da nossa visão contemporânea, e propõe que busquemos na visão dos antigos uma resposta. Afinal, qual seria o real motivo de forças militares de ocupação usarem sexo televisionado como arma?
É na visão de pensadores antigos, como Thomas de Aquino, que Jones sugere que comecemos a entender a resposta. Para Aquino, "A luxúria escurece a mente, um homem sem mente não é um oponente formidável, assim sendo, a luxúria pode ser usada como uma arma para tornar um oponente cego, ou irracional. E então, incapaz de articular um contra ataque coerente". E com base nessa fundamentação, o professor indaga que talvez não era a liberdade, mas sim o seu oposto, a escravidão aos próprios vícios, o objetivo de tal ação militar.
Para fundamentar esta teoria, ele afirma que em 12 de janeiro de 2002, um relatório do serviço secreto recomendava que drogas, pornografia e jogos de azar tivessem seu consumo estimulado em território palestino com o objetivo de desestimular a juventude em seu interesse na luta armada.
E então, na exposição de seu argumento, outro gigante aparece para nos agraciar: Agostinho de Hipona e sua reflexão moral sobre o que significa ser livre. Para Agostinho, o homem só é livre enquanto age em consonância com a razão prática. “Um homem bom é livre, mesmo quando é escravo. Um homem mau é escravo, mesmo quando é rei. Não serve a outros homens mas a seus caprichos. Tem tantos senhores quantos vícios."

E complementa com Sade, quando esse diz "O estado do homem moral é um de paz e tranquilidade, enquanto o estado do homem imoral é o de agitação perpétua". Mostrando-nos que ambos compartilham da mesma visão, mas enquanto Agostinho promovia uma doutrina que visava inspirar a paz, a proposta de Sade era justamente a de agitação perpétua, ou, para usarmos um sinônimo mais conhecido: Revolução!

O Marquês de Sade entendia que para se criar uma revolução, deve-se primeiramente subverter os valores morais de um povo. Durante a revolução francesa, com a finalidade de acabar com o impulso anti-revolucionário, Sade propunha que a excitação das massas havia de ser mantida, e para isso depósitos de porra nuas deveriam apresentar-se nos teatros de Paris. Porém, a tecnologia da época impedia a massificação da proposta de controle social idealizada pelo marquês. Afinal, o número de salas de teatro disponíveis era bastante limitado.

>>21494
E é aí que vem a parte mais perturbadora do pensamento de Jones. No tempo presente, com a massificação dos meios de comunicação oferecida pela tecnologia, um sem número de seres humanos pode ser afetado, sem sair de casa, por esta forma de controle social, que seria o motor psíquico das permanentes revoluções.
Seguindo o raciocínio, nos é apresentado mais um pensador: Wilhelm Reich. Minha mãe, que se formou em psicologia na USP, já havia me presenteado o livro de Reich "Psicologia de massas do fascismo" em 2015, quando eu lhe disse que havia decidido me aprofundar sobre os mistérios do pensamento coletivo. Na época, me lembro de ter lido a obra sem dar-lhe muita importância. “Mais um psicólogo comunista obcecado por sexo”, pensava, ao ler aquelas poucas centenas de páginas enquanto parava esporadicamente para grifar alguma coisa. Ele realmente tinha umas ideias bem dementes, como criar uma máquina capaz de capturar a energia sexual das pessoas, mas ao ver as ideias de Reich inseridas dentro desse contexto apresentado na palestra, tudo aquilo passou a fazer um terrível sentido. (Menos a máquina de sexo, isso é realmente idiotice e charlatanismo).
Wilhem, que é o pai da educação sexual, e também o homem que cunhou o termo "revolução sexual", foi ferrenho defensor do sexo e da masturbação como forma de inversão dos valores morais clássicos. Comunista convicto, ele acreditava que a libertação da energia sexual na juventude, principalmente a feminina, seria o grande propulsor da derrocada de valores tradicionais. Reich defendia que o meio para alterar a ordem social vigente seria através da mudança do comportamento humano, e não do debate de ideias. Para catalisar essa mudança e suprimir qualquer tipo de inibição moral individual, Reich defendia que se criasse um ambiente de contágio, povoado de imagens eróticas, e uma vez que o indivíduo fosse inserido nesse contexto, suas inibições seriam enfraquecidas e então, por identificação social, ele se sentiria livre para desapegar-se das suas convicções morais.

Fato é que a tecnologia atual realmente permite que as visões de Sade, Reich e outros teóricos da libertação sexual como meio revolucionário de ação política sejam implementadas em grandíssima escala.
É realmente uma perspectiva aterradora, porém bastante plausível, imaginar a indústria sexual sob esta ótica. Obviamente, há o interesse econômico, mas entender que também pode haver um interesse político para a superexposição de bilhões de pessoas a pornografia, de maneira sistemática, propulsionando uma cultura desagregadora de mundo é algo de suma importância para uma boa crítica da sociedade moderna. Não pretendo com esse texto, e nem com esse projeto (o MemereAude), ser moralista sobre o que cada um deva fazer com seus hábitos e sua vida privada. Nem tampouco reprimir a sexualidade humana e suas expressões, artísticas ou não.

Apenas busco entender a causa de tamanha abundância de consumidores regulares de conteúdo erótico nos dias de hoje e, à medida do possível, conduzir os leitores à reflexão sobre uma plausível trajetória das ideias que nos trouxeram até aqui. Conforme coloquei anteriormente neste texto, se há mais fatores além de simples oferta e demanda operando em sinergia com a crescente sexualização da nossa cultura, é fundamental que cada indivíduo tenha conhecimento de tais motivações, para que possa então, tomar uma decisão informada sobre seus hábitos. E. Michael Jones é um autor controverso, e eu não compartilho na totalidade das suas visões políticas e nem tampouco de todas as conclusões que ele tira deste raciocínio (que está exposto em seu livro Libido Dominandi), porém, por concordar parcialmente com as exposições apresentadas e acreditar na plausibilidade do argumento por ele levantado, decidi escrever este artigo. Afinal, se há de fato qualquer tentativa de controle das multidões através dos esforços conjuntos de pornografia e tecnologia, escravizando-nos sob nossos próprios vícios, como disse Agostinho, é dever de qualquer um preocupado com a liberdade do homem atual explorar tal assunto.
Encerro esta exposição agradecendo a vocês leitores, e pedindo que reflitam sobre este conhecimento apresentado com senso crítico, responsabilidade e moderação.
“Procura a satisfação de veres morrer os teus vícios antes de ti.” Sêneca

CARTA DE PÔNCIO PILATOS PARA TIBERIUS CAESAR SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DE JESUS.
http://www.ecclesia.org/truth/evidence.html

TRADUÇÃO:
"Um jovem homem apareceu na Galiléia que prega com humilde unção, uma nova lei no nome do Deus que o teria enviado. No princípio estava temendo que seu desígnio fosse incitar as pessoas contra os romanos, mas meus temores foram logo dispersados. Jesus de Nazaré falava mais como um amigo dos romanos do que dos judeus. Um dia observava no meio de um grupo um homem jovem que estava encostado numa árvore, para onde calmamente se dirigia a multidão. Me falaram que era Jesus. Este eu pude facilmente ter identificado tão grande era a diferença entre ele e os que estavam lhe escutando. Os seus cabelos e barba de cor dourada davam a sua aparência um aspecto celestial. Ele aparentava aproximadamente 30 anos de idade. Nunca havia visto um semblante mais doce ou mais sereno. Que contraste entre ele e seus portadores com as barbas pretas e cútis morenas! Pouco disposto a lhe interromper com a minha presença, continuei meu passeio mas fiz sinal ao meu secretário para se juntar ao grupo e escutar. Depois, meu secretário informou nunca ter visto nos trabalhos de todos os filósofos qualquer coisa comparada aos ensinos de Jesus. Ele me contou que Jesus não era nem sedicioso nem rebelde, assim nós lhe estendemos a nossa proteção. Ele era livre para agir, falar, ajuntar e enviar as pessoas. Esta liberdade ilimitada irritou os judeus, não o pobre mas o rico e poderoso.

Depois, escrevi a Jesus lhe pedindo uma entrevista no Praetorium. Ele veio. Quando o Nazareno apareceu eu estava em meu passeio matutino e ao deparar com ele meus pés pareciam estar presos com uma mão de ferro no pavimento de mármore e tremi em cada membro como um réu culpado, entretanto ele estava tranqüilo. Durante algum tempo permaneci admirando este homem extraordinário. Não havia nada nele que fosse rejeitável, nem no seu caráter, contudo eu sentia temor na sua presença. Eu lhe falei que havia uma simplicidade magnética sobre si e que a sua personalidade o elevava bem acima dos filósofos e professores dos seus dias.

Agora, ó nobre soberano, estes são os fatos relativos a Jesus de Nazaré e eu levei tempo para lhe escrever em detalhes estes assuntos. Eu digo que tal homem que podia converter água em vinho, transformar morte em vida, doença em saúde; tranqüilizar os mares tempestuosos, não é culpado de qualquer ofensa criminal e como outros têm dito, nós temos que concordar - verdadeiramente este é o filho de Deus.

Seu criado mais obediente,
Pôncio Pilatos"

Algum anão já leu antes e sabe se é real?

>>22494
>Algum anão já leu antes e sabe se é real?
Anão, pelo que sei o único relato não evangélico e não cristão é o de Flávio Josefo. Há alguns relatos romanos sobre as praticas cristãs primitivas que são muito interessantes, todavia.